11 de julho de 2009

INTUIÇÃO E A FILOSOFIA

O CONFLITO ENTRE TENDÊNCIAS DE VIDA

A seguinte seqüência de teses procura esboçar uma concepção para a compreensão da origem do ideal de harmonia na vida humana e a natureza da dificuldade que emerge inevitavelmente com ela. Ela concentra-se sobre a estrutura da vida consciente, a vida do indivíduo, e sobre a dinâmica que surge de aspectos de sua constituição básica. Apenas no final, emergirão visões sobre a vida social e sua história. Muitas referências filosóficas são feitas do início ao fim aos problemas e teoremas modernos que se preocuparam com a compreensão das fundações conceituais necessária para compreender processos de desenvolvimento. Nós temos que distinguir pelo menos três diferentes e ter noção de unidades que podem ser usadas na definição do conceito de harmonia.

A COMPREENSIVIDADE

Aspectos ou momentos parciais têm que ser mantidos e concebidos dentro de uma forma unitária de coordenação e interação tal como ordem social ou o sistema de necessidades e o exercício de talentos. Tal unidade se estabiliza para seus componentes por meio de moderação e modificação. Unidade deste tipo varia em graus, dependendo da extensão das modificações mútuas de seus componentes. Nesse sentido, unidade de compreensão é capaz de dar origem a graus de harmonia. O processo de aumento dessa unidade, contudo, é essencialmente um processo que os componentes como tais sofrem. A unidade mesma não é afetada por um dinamismo. Antes, ela permanece um ideal estático seu paradigma é a natureza como um sistema cósmico.






RESOLUÇÃO DE CONFLITO

Esta unidade é essencialmente um resultado. Ela é definida com respeito a elementos que podem ser modificados ou integrados em um sentido direto, não necessariamente, no mesmo nível em que eles se originaram e desabrocharam. Se eles fossem se modificar mutuamente um ao outro ou procurassem um equilíbrio através de interação, eles se destruiriam um ao outro. Então, eles têm desenvolvimento, antagonisticamente, até um ponto, onde ou eles transformam a si mesmos em uma unidade subjacente que é operante dentro deles. Esta unidade pode também tornar-se realizada ou manifesta através da explicitação do mesmo conflito ou então junto com a explicitação do conflito. O seu paradigma é o insight .


A CONSCIÊNCIA COMO RECONCILIAÇÃO

Desta forma, a estrutura da vida consciente requer o emprego da noção de unidade como uma resolução final de conflito. Definir, determinar sua condição e sua origem é uma das preocupações da filosofia. Nossa vida é tal, que tendências conflituosas de conduta e orientação emergem dela e ganham forças persuasivas igualmente justificadas. Analisar a vida em termos destes conflitos foi uma possibilidade descoberta pela filosofia pós-kantiana. Ela mostrou também que dominada e orientada por uma tendência particular pode ser concebida como, um “estando em casa e em paz dentro dele”. Estas descrições ou visões de mundo estão, portanto, engajadas no mesmo conflito e excluem uma às outras tão completamente como as tendências delas mesmas.

Assim, uma análise da vida consciente empregando a distinção do filósofo-poeta Hölderlin, entre o esforço pela infinita auto-perfeição, dedicação da vida, aparência, da beleza é a vida vivida a partir da ciência como base comum de todo ser e são tendências não redutíveis uma as outras.

Elas são igualmente primordiais, intrinsecamente estabilizadas em virtude de uma visão de mundo metafísica. Elas podem ser reconciliadas apenas através de uma intuição (insight) de segundo nível em sua origem, a inevitabilidade de seu conflito e a probabilidade de que irá encontrar qualquer vida que tentar permanecer cegamente fiel à orientação de uma das tendências, uma vez que ela seja adotada. A imagem do mundo que eventualmente torna-se estável através dessa intuição é essencialmente um resultado - ela é uma “recoleção” da história da vida consciente através do curso de suas tendências e, logo, uma intuição na natureza é a fonte e significância de processos antagônicos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário